Texto originalmente escrito em 2011, atualizado em outubro de 2017 e maio de 2020
Primeiro as FORMAS:
O Konjunktiv I é o tempo mais fácil de conjugar de TODOS os tempos alemães, pois praticamente TODOS os verbos são regulares. As terminações são sempre regulares, não há nenhuma mudança louca na raiz verbal nem nada. Quem dera fosse sempre assim. O único verbo irregular é o verbo sein.
As terminações são:
ich: -E
du: -EST
er/sie/es: -E
wir: -EN
ihr: -ET
sie: -EN
Prestem atenção que TODAS as pessoas têm a letra -E, e a primeira pessoa é sempre igual à terceira, tanto no singular quanto no plural.
Ou seja, vou conjugar aqui três verbos, machen, wissen, können pra vocês verem como é fácil conjugar verbos neste tempo verbal.
Fácil, né?
Se a gente olhar bem, você vai ver que algumas formas coincidem com a do Präsens (presente).
Ich mache, por exemplo, é igual. Já "er mache" é diferente, pois no Presente seria "er macht".
Pois é... nos casos em que ficar igual ao Präsens, o mais comum é substituir pelo Konjunktiv II, mas não é errado conjugar do jeito que está.
É assim... Compare as duas conjugações, tudo o que está em vermelho, na hora de usar é Konjunktiv I, geralmente é substituído pelo Konj. II pra ficar claro que não é o PRESENTE. Não seria errado usar o presente, mas é só pra não restar dúvidas.
Como falei antes, o único totalmente irregular é o verbo SEIN:
Pra que serve o Konjunktiv I?
Em qualquer livro você encontra o fato de que o Konjunktiv I serve para representar o discurso indireto, ou seja, para recontar a fala de alguém.
Exemplo:
Rafael sagt: "Ich bin krank". (Rafael diz "Eu estou doente")
Aí você vem e diz: "Rafael sagte, er sei krank". "Rafael disse que está doente".
Na prática, as pessoas usam o Presente mesmo.
Rafael sagte, er IST krank.
O Konjunktiv é um tempo usada APENAS na linguagem escrita ou numa linguagem oral muito formal, como uma palestra numa faculdade.
Mas, na verdade, não é só pra representar linguagem indireta. O Konjunktiv I é usada para representar uma distância entre o falante e o que ele está dizendo. É muito usado por jornalistas exatamente para mostrar que o que eles estão escrevendo não é a opinião deles.
É mais ou menos assim, se um jornalista escreve.
Die Kanzlerin sagte in Warschau, sie rechne mit einer Lösung für Griechenlands Schuldenproblem.
(A chanceler disse na Varsóvia que ela contava com uma solução para o problema da dívida da Grécia).
Nessa frase já fica claro que foi a primeira-ministra (chanceler) que disse. Mas se na reportagem houver várias frases todas com o Konjunktiv I, o jornalista sinaliza que nada é opinião dele, ele só está relatando o que a outra pessoa disse. É uma maneira de demonstrar distanciamento ou imparcialidade.
Se, por exemplo, na frase seguinte viesse:
"Deutschland sei bereit zu helfen"
(A Alemanha está pronta para ajudar).
O uso do Konjunktiv I sinaliza que tudo isso ainda é a fala dela e não a opinião do jornalista.
Se um jornalista passa a usar o Präsens mesmo reproduzindo a fala de alguém, ele sinaliza de que a opinião da pessoa representa também a sua própria. Além de textos jornalísticos, estudantes que estejam escrevendo trabalhos científicos precisam também sempre sinalizar citações e opiniões de outras pessoas usando o Konjunktiv I (caso não se usem aspas).
No passado o Konjunktiv I só tem a forma com HABEN/SEIN + PARTICÍPIO para todos os tempos passados (Präteritum, Perfekt e Plusquamperfekt).
Maria sagt: "Paulo ging nach Hause"
Maria sagte, Paulo sei nach Hause gegangen.
Como eu disse antes, no dia-a-dia pouco se usa na fala para relatar o que outros disseram. Geralmente as pessoas usam os tempos do Indikativ mesmo.
Onde mais se usa o Konjunktiv I além do discurso indireto?
Não são muitos os casos onde se usa o Konjunktiv I, pelo menos não são casos muito representativos ou frequentes:
Por exemplo em algumas expressões:
Es lebe der König! (Viva o rei!)
Gott sei Dank! (Graças a Deus!)
Es sei denn... (A não ser que...)
Update de 2020:
Primeiro as FORMAS:
O Konjunktiv I é o tempo mais fácil de conjugar de TODOS os tempos alemães, pois praticamente TODOS os verbos são regulares. As terminações são sempre regulares, não há nenhuma mudança louca na raiz verbal nem nada. Quem dera fosse sempre assim. O único verbo irregular é o verbo sein.
As terminações são:
ich: -E
du: -EST
er/sie/es: -E
wir: -EN
ihr: -ET
sie: -EN
Prestem atenção que TODAS as pessoas têm a letra -E, e a primeira pessoa é sempre igual à terceira, tanto no singular quanto no plural.
Ou seja, vou conjugar aqui três verbos, machen, wissen, können pra vocês verem como é fácil conjugar verbos neste tempo verbal.
MACHEN | WISSEN | KÖNNEN | ||
ich | mache | wisse | könne | |
du | machest | wissest | könnest | |
er/sie/es | mache | wisse | könne | |
wir | machen | wissen | können | |
ihr | machet | wisset | könnet | |
sie | machen | wissen | können |
Fácil, né?
Se a gente olhar bem, você vai ver que algumas formas coincidem com a do Präsens (presente).
Ich mache, por exemplo, é igual. Já "er mache" é diferente, pois no Presente seria "er macht".
Pois é... nos casos em que ficar igual ao Präsens, o mais comum é substituir pelo Konjunktiv II, mas não é errado conjugar do jeito que está.
É assim... Compare as duas conjugações, tudo o que está em vermelho, na hora de usar é Konjunktiv I, geralmente é substituído pelo Konj. II pra ficar claro que não é o PRESENTE. Não seria errado usar o presente, mas é só pra não restar dúvidas.
Konjunktiv I | Präsens | Konjunktiv II | |
ich | mache | mache | würde machen |
du | machest | machst | - |
er/sie/es | mache | macht | - |
wir | machen | machen | würden machen |
ihr | machet | macht | - |
sie | machen | machen | würden machen |
Como falei antes, o único totalmente irregular é o verbo SEIN:
Konjunktiv I | |
ich | sei |
du | sei(e)st |
er/sie/es | sei |
wir | seien |
ihr | seiet |
sie | seien |
Pra que serve o Konjunktiv I?
Em qualquer livro você encontra o fato de que o Konjunktiv I serve para representar o discurso indireto, ou seja, para recontar a fala de alguém.
Exemplo:
Rafael sagt: "Ich bin krank". (Rafael diz "Eu estou doente")
Aí você vem e diz: "Rafael sagte, er sei krank". "Rafael disse que está doente".
Na prática, as pessoas usam o Presente mesmo.
Rafael sagte, er IST krank.
O Konjunktiv é um tempo usada APENAS na linguagem escrita ou numa linguagem oral muito formal, como uma palestra numa faculdade.
Mas, na verdade, não é só pra representar linguagem indireta. O Konjunktiv I é usada para representar uma distância entre o falante e o que ele está dizendo. É muito usado por jornalistas exatamente para mostrar que o que eles estão escrevendo não é a opinião deles.
É mais ou menos assim, se um jornalista escreve.
Die Kanzlerin sagte in Warschau, sie rechne mit einer Lösung für Griechenlands Schuldenproblem.
(A chanceler disse na Varsóvia que ela contava com uma solução para o problema da dívida da Grécia).
Nessa frase já fica claro que foi a primeira-ministra (chanceler) que disse. Mas se na reportagem houver várias frases todas com o Konjunktiv I, o jornalista sinaliza que nada é opinião dele, ele só está relatando o que a outra pessoa disse. É uma maneira de demonstrar distanciamento ou imparcialidade.
Se, por exemplo, na frase seguinte viesse:
"Deutschland sei bereit zu helfen"
(A Alemanha está pronta para ajudar).
O uso do Konjunktiv I sinaliza que tudo isso ainda é a fala dela e não a opinião do jornalista.
Se um jornalista passa a usar o Präsens mesmo reproduzindo a fala de alguém, ele sinaliza de que a opinião da pessoa representa também a sua própria. Além de textos jornalísticos, estudantes que estejam escrevendo trabalhos científicos precisam também sempre sinalizar citações e opiniões de outras pessoas usando o Konjunktiv I (caso não se usem aspas).
No passado o Konjunktiv I só tem a forma com HABEN/SEIN + PARTICÍPIO para todos os tempos passados (Präteritum, Perfekt e Plusquamperfekt).
Maria sagt: "Paulo ging nach Hause"
Maria sagte, Paulo sei nach Hause gegangen.
Como eu disse antes, no dia-a-dia pouco se usa na fala para relatar o que outros disseram. Geralmente as pessoas usam os tempos do Indikativ mesmo.
Onde mais se usa o Konjunktiv I além do discurso indireto?
Não são muitos os casos onde se usa o Konjunktiv I, pelo menos não são casos muito representativos ou frequentes:
Por exemplo em algumas expressões:
Es lebe der König! (Viva o rei!)
Gott sei Dank! (Graças a Deus!)
Es sei denn... (A não ser que...)
Update de 2020:
Adorei o Post, obrigada mesmo por ter tirado minha duvida!!!
ResponderExcluirUma dúvida: se o Konj. I, quando igual ao Präsens, pode ser substituído pelo Konj. II, não haveria aí mudança de significado, já que o Konj. II representa possibilidade (ou futuro do pretérito)?
ResponderExcluirÓtimo artigo, aliás.
Não existe correspondência biunívoca entre tempos e significados.
ExcluirÉ, portanto, equivocado dizer que "Konj. II" = "Possibilidade".
O Konj. II é um tempo geralmente usado para falar de coisas do mundo das ideias, situações hipotéticas, ainda não concretizadas, mas nada impede que ele seja usado com outros sentidos.
Se eu disser: "Ich möchte einen Kaffee", não é algo hipotético, e sim um jeito educado de se expressar vontades, de fazer um pedido etc.
Da mesma forma, não problema algum se um tempo verbal substituir o outro sem que haja mudança de sentido. No português fazemos isso o tempo todo.
Agradeço pela resposta. Ich lerne noch XD
ExcluirMuito bom, aliás, como sempre. Obrigada pelo esclarecimento! Mais sucesso pra você!
ResponderExcluirMuito bom, aliás, como sempre. Obrigada pelo esclarecimento. Sucesso pro site! :)
ResponderExcluirÓtimo Post...
ResponderExcluirdúvida esclarecida.
Obrigada
Só fiquei na dúvida como o K I é usado com verbo modal e qual sua função neste modo?
ResponderExcluirSó fiquei na dúvida como usar o K I com modalverben...
ResponderExcluirSó fiquei na dúvida como o K I é usado com verbo modal e qual sua função neste modo?
ResponderExcluirOutro contexto em que se usa bastante Konjunktiv I é em textos de matemática. Estou estudando matemática numa universidade Alemã e me deparo muito com textos do tipo:
ResponderExcluir"Man zeige, dass für alle m, n ∈ N, [...]" (Mostra-se que, para todo m, n ∈ N, [...])
Nesse caso, não é uma citação, e também não é uma menção à opinião de outra pessoa, mas parece que é apenas uma forma de deixar o texto mais frio e analítico.
eu fiquei confuso, o "wurd" não usado para konditional?
ResponderExcluirMaravilha, obrigada!
ResponderExcluirfabio, boa noite! as regras acima sobre konjuktiv I sao validas ate hoje? precisei tirar uma duvida sobre o assunto, mas como esse post eh de 2011 fiquei em duvida pois a regra nao coincidiu muito com o material que utilizo! muito obrigada!
ResponderExcluirObrigada!!!!!!!!
ResponderExcluirNossa, estava quase ficando louca sem entender porque o K.I era substituído do nada pelo K.II. Se puder escrever mais sobre o K.I e Modalverben, seria incrível!!!! Muito obrigada, a sensação de alívio de entender o uso da gramática é maravilhosa.
ResponderExcluirMuito obrigado, ajudou bastante!
ResponderExcluirMas e para expressar desejo? Por exemplo: "Que venha o sol!"
ResponderExcluirO pronome "que" não será usado em alemão?
"Es sei denn..." a ultima frase do post era justamente o que eu precisava!!! Incrível. Obrigado
ResponderExcluirNas situações em que expressamos dúvida, por exemplo "Eu não creio que ele vá." Ou "Eu espero que ela saia." Em alemão não se utiliza o Konjunktiv?
ResponderExcluirAchei ruim não senti uma grande diferença no meu conhecimento
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